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Acessibilidade é tema do 5º dia de FENARO

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No dia 27 de agosto, o arquiteto Ailton Pessoa de Siqueira levou para o II FENARO uma abordagem técnica e de grande sensibilidade, acessibilidade. Especialista no assunto, Ailton esclareceu dúvidas dos presentes e garante, “falar de acessibilidade é fundamental”, já que este é um tema um tanto esquecido.

O palestrante começou sua fala questionando o fato de que num mundo de tecnologias avançadas é tão difícil e complicado se rebaixar uma guia, por exemplo. Pautando-se em situações rotineiras, Ailton mostrou aos participantes as muitas dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência no dia a dia.

E para melhor ilustrar, pediu a participação de dois estudantes. Um teve seus olhos tapados e recebeu uma bengala e à outra participante deu dois protetores auriculares, com intuito de diminuir sua audição, para que ambos passassem todo o período da palestra tendo percepções semelhantes a de pessoas com deficiência e ao final dividissem com os demais as sensações e dificuldades enfrentadas.

Ailton fez questão de ressaltar a importância de projetos seguros, pensados também para acessibilidade. E disse estar nos detalhes as maiores dificuldades para quem tem deficiência. Ele citou exemplos como placas sinalizadoras posicionadas muito abaixo do permitido por lei, bem como portões que abrem para fora. Situações assim, podem não apenas atrapalhar a vida de quem tem deficiência, como causar acidentes.

Outro alerta que o arquiteto fez, volta-se a barreiras sociais, como por exemplo, restaurantes, igrejas, lojas que não atendem às normas da acessibilidade. Outra barreira apontada foi a técnica, que abrange locais públicos, como banheiros. E por fim, citou as barreiras atitudinais, ou seja, a falta de conscientização da sociedade.

Ailton chamou a atenção para o fato de que a acessibilidade tem o intuito de proporcionar o bem estar a toda população, sem qualquer distinção. “Não significa priorizar pessoas com deficiência, mas somente incluí-las”, disse, lembrando que a falta da acessibilidade onera os cofres públicos por provocar aumento no número de atendimentos na saúde pública, decorrentes de acidentes.

O arquiteto enfatizou o decreto 5296/2004 e lembrou que a data limite para que todos os prédios públicos já deveriam estar em conformidade com a lei de acessibilidade era junho de 2007.

Por fim, Ailton fez questão de alertar os estudantes presentes quanto à responsabilidade técnica e a sensibilidade, para que nessa nova geração de engenheiros e arquitetos tenha um novo olhar sobre a acessibilidade e trate do assunto com prioridade.

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